Band-aid revolucionário permite agendar medicação pelo celular

Taysa Coelho
Taysa Coelho

Um band-aid inteligente capaz de agendar e acionar a liberação de medicamentos pelo celular ou computador vem sendo desenvolvido por pesquisadores da Universidade da Carolina do Norte, nos Estados Unidos.

O Spatiotemporal On-Demand Patch (SOP, ou Esparadrapo Espaçotemporal sob demanda, em livre tradução) foi criado pensando no tratamento de doenças neurodegenerativas, como o Alzheimer. A invenção permite armazenar centenas de remédios em microagulhas, que podem ser administrados individualmente.

Tecnologia aperfeiçoada

O protótipo do Spatiotemporal On-Demand Patch (SOP), uma espécie de band-aid inteligente
Protótipo do SOP (Divulgação/Universidade da Carolina do Norte)

O SOP é um aperfeiçoamento de um esparadrapo com microagulhas que já vinha sendo desenvolvido pela UCN. Na versão mais rudimentar do adesivo, as microagulhas penetram na pele assim que entram em contato com o corpo, onde se dissolvem e liberam o medicamento nelas armazenado.

Já o SOP pode ser aplicado a qualquer momento e o remédio só é liberado quando desejado. Suas microagulhas têm as pontas revestidas de ouro, que impedem que elas dissolvam quando entram em contato com o corpo do paciente.

Além disso, cada uma delas pode ser preenchida, individualmente, com um medicamento diferente. A invenção conta ainda com um circuito elétrico na superfície superior, que permite a comunicação com um smartphone ou computador.

É o celular ou PC que emite sinais para o SOP aquecer uma ou mais microagulhas e, assim, dissolver o revestimento de ouro. Então, as agulhas finalmente entram em contato e perfuram a pele do paciente, aplicando a medicação de forma controlada e indolor.

Cerca de 30 segundos após a ativação, o remédio já é administrado. “A liberação rápida do medicamento pode ser crucial em situações de emergência ou quando é necessária uma ação terapêutica imediata”, explica Juan Song, professora que lidera o estudo.

Atualmente, o modelo vem sendo testado com sucesso em camundongos com a aplicação melatonina. A ideia é que, em um futuro próximo, possa ser usado em pacientes humanos com doenças neurodegenerativas, para receberem as medicações nas horas certas, sem riscos de esquecimento.

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Taysa Coelho
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Movida pela curiosidade, adora conhecer coisas novas e acredita que, por isso, se tornou jornalista. No tempo livre, gosta de ir à praia, ler, ver filmes e maratonar séries. Carioca formada pela UFRJ, atualmente vive em Portugal, país que adotou.
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