Durante a apresentação dos resultados financeiros da Meta no segundo trimestre de 2025, Mark Zuckerberg revelou um ambicioso projeto de inteligência artificial: a criação de uma superinteligência pessoal.
A proposta, segundo o CEO, será conduzida pelo recém-criado Meta Superintelligence Labs, e tem como objetivo desenvolver modelos de IA capazes de se autoaprimorar, com menos dependência da intervenção humana.
“Por mais profunda que a abundância produzida pela IA possa ser um dia, um impacto ainda mais significativo em nossas vidas provavelmente virá de todos terem uma superinteligência pessoal que os ajude a atingir seus objetivos, criar o que vocês querem ver no mundo, vivenciar qualquer aventura, ser um amigo melhor para aqueles com quem vocês se importam e crescer para se tornarem a pessoa que vocês aspiram ser.”
Mark Zuckerberg, CEO da Meta.
Para ele, esse tipo de IA terá implicações profundas tanto na forma como a empresa desenvolve produtos quanto na maneira como é administrada.
A Meta pretende adotar um caminho diferente de outras gigantes do setor. Em carta publicada nesta quinta-feira (31) e acompanhada por um vídeo no Instagram Reels, Zuckerberg explicou que o foco da companhia será criar ferramentas para o empoderamento individual, ao contrário de iniciativas que visam automatizar todo o trabalho produtivo em nome da eficiência.
Um dos pilares dessa estratégia está nos óculos inteligentes da Meta, desenvolvidos em parceria com a Ray-Ban. Desde o lançamento em 2023, mais de dois milhões de unidades foram vendidas. Zuckerberg acredita que esse tipo de dispositivo será o formato ideal para integrar a superinteligência no cotidiano. A empresa também apresentou em 2024 o protótipo Orion, de realidade aumentada, que servirá de base para novos modelos.
O laboratório de superinteligência da Meta é parte de uma resposta à corrida por avanços em IA dominada por nomes como OpenAI, Google DeepMind e Anthropic. Como observa a Wired, desde o anúncio oficial do projeto, a empresa vem recrutando nomes de peso do Vale do Silício, como Alexandr Wang, Nat Friedman e Daniel Gross e Shengjia Zhao.
Este último é conhecido por ser ex-pesquisador da OpenAI e um dos co-criadores do ChatGPT. Na Meta, Zhao irá liderar o Meta Superintelligence Labs.
Os investimentos na área são expressivos. A Meta elevou sua previsão de gastos de capital para o ano para US$ 69 bilhões, impulsionada por remunerações elevadas e infraestrutura para IA.
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Com informações de Wired.
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