Estudo mostra que apenas 0,1% da população reconhece deepfakes; faça o teste

Adriano Camargo
Adriano Camargo

Você consegue reconhecer quando uma foto é real ou fake? Se a resposta for "sim", parabéns, você está na pequena porcentagem da população que é capaz de diferenciar isso.

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Você sabe diferenciar um deepfake? (Imagem: TechShake/DALL-E)

Um estudo global encomendado pela empresa de segurança digital iProov expôs dados preocupantes: menos de 1% das pessoas consegue identificar deepfakes, vídeos ou imagens realistas gerados por inteligência artificial (IA).

A pesquisa, realizada com 2 mil participantes no Reino Unido e nos EUA, revelou que apenas 0,1% dos entrevistados acertaram todas as identificações entre conteúdo real e falso. Os dados reforçam alertas de especialistas sobre riscos que vão de fraudes financeiras à desinformação em massa.

Problemas de segurança

Segundo o relatório, 60% dos jovens entre 18 e 34 anos acreditam saber detectar deepfakes, mas seu desempenho prático foi similar ao de outras faixas etárias. Já entre idosos, 39% dos maiores de 65 anos nunca ouviram falar da tecnologia, aumentando a vulnerabilidade. "A incapacidade humana de distinguir real de falso exige soluções tecnológicas urgentes", afirma Andrew Bud, CEO da iProov.

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Essa imagem é real ou fake? A resposta está no final do texto! (Imagem: Montagem/TechShake)

Vídeos são ainda mais perigosos: apenas 9% dos participantes identificaram deepfakes nesse formato. Casos recentes, como o de um vídeo falso do presidente dos EUA circulando no TikTok, citado pela BBC, ilustram o potencial para golpes e manipulação política.

As plataformas de redes sociais estão no centro do problema. Metade dos entrevistados associou deepfakes à Meta (Facebook e Instagram), e 47% ao TikTok. Como consequência, 49% disseram confiar menos em informações online. A desconfiança é ainda maior entre pessoas acima de 55 anos (82%) - grupo também mais preocupado com fake news, segundo o estudo.

A iProov sugere sistemas que combinem reconhecimento facial com detecção de "vivacidade" — tecnologia que verifica se a imagem vem de uma pessoa real e presente. A União Europeia está preparando regras para obrigar plataformas a marcar conteúdos sintéticos, enquanto o Brasil discute projetos de lei para criminalizar deepfakes maliciosos.

Faça o teste

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Para avaliar a capacidade das pessoas de identificarem deepfakes, a empresa criou um teste online que desafia você a diferenciar o verdadeiro do falso. Faça o teste e veja sua pontuação.

Ah, e a imagem do meio da matéria é fake! =)

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Adriano Camargo
Adriano Camargo
Jornalista especializado em tecnologia há cerca de 20 anos, escreve textos, matérias, artigos, colunas e reviews e tem experiência na cobertura de alguns dos maiores eventos de tech do mundo, como BGS, CES, Computex, E3 e IFA.
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