A batalha judicial entre Apple e Epic Games ganhou um novo capítulo, quando a Apple recusou-se a aprovar o retorno do Fortnite à App Store dos Estados Unidos e à Epic Games Store na União Europeia. A decisão ocorre mesmo após uma ordem judicial que proíbe a Apple de impedir que desenvolvedores direcionem usuários a métodos de pagamento alternativos fora do ecossistema da empresa.
Em 9 de maio, a Epic Games submeteu uma nova versão do Fortnite para revisão na App Store, utilizando a mesma conta de desenvolvedor empregada na distribuição do jogo na Europa. A proposta incluía suporte a pagamentos externos, conforme permitido por uma decisão judicial de abril.
No entanto, a Apple não respondeu à submissão por cinco dias e, em 15 de maio, comunicou que não tomaria nenhuma ação até que o Tribunal de Apelações do Nono Circuito decidisse sobre o pedido de suspensão parcial da ordem judicial apresentado pela empresa.
A Epic Games argumenta que a recusa da Apple em revisar o aplicativo viola diretamente a injunção judicial em vigor. A empresa solicitou ao tribunal que obrigue a Apple a aceitar qualquer versão do Fortnite que esteja em conformidade com as diretrizes da App Store. A Epic também acusa a Apple de retaliação por desafiar suas práticas comerciais.
A Apple, por sua vez, afirma que apenas solicitou à Epic que removesse a loja dos EUA da submissão para evitar impactos em outras regiões. A empresa nega ter bloqueado o Fortnite fora dos Estados Unidos e destaca que não tomou medidas ativas para remover o jogo de outras plataformas.
Desde 2020, quando a Epic implementou um sistema de pagamentos próprio no Fortnite, evitando as comissões da Apple, o jogo foi removido da App Store. Embora tenha retornado à Europa em 2024 por meio de lojas de aplicativos de terceiros, essa opção também foi bloqueada recentemente.
Atualmente, usuários de iOS só podem acessar o Fortnite por meio de plataformas de jogos em nuvem, como GeForce NOW ou XCloud, com funcionalidades limitadas.
O caso continua a ser acompanhado de perto por desenvolvedores e usuários, pois pode estabelecer precedentes sobre o controle das plataformas sobre os métodos de pagamento e distribuição de aplicativos. A decisão final do tribunal de apelações será crucial para determinar os próximos passos dessa disputa que já dura quase cinco anos.
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