Dono de Cybertruck mostra falhas de acabamento em carro da Tesla; veja fotos

Taysa Coelho
Taysa Coelho

O dono de um Cybertruck, picape de luxo da Tesla, se mostrou surpreso com possíveis problemas de acabamento em seu carro recém-entregue, nos Estados Unidos. No fórum CybertruckOwnersClub.com, um usuário chamado Nam relata o que acredita ser um mau alinhamento de placas de revestimento e dificuldades para ativar a seta para a direita.

As fotos mostram uma fenda de 3,1 mm entre os painéis de aço que revestem o lado traseiro esquerdo e a lateral da caminhonete. Outra imagem parece mostrar uma falta de alinhamento da porta do motorista com o restante do veículo.

Fotos mostram placa de metal do Cybertruck com 3,5mm de distància da traseira do carro
Reprodução/CybertruckOwnersClub.com

Bem diferente do que é exibido nas imagens de divulgação do Cybertruck, que parece um grande caixote de metal sólido.

No entanto, o que mais preocupou o homem, que havia percorrido uma distância de cerca de 80 km com o automóvel quando fez o post, foi no controle da seta do lado direito. Segundo o proprietário, o recurso não funcionou em 30% das vezes e ele teve que tocar em um local específico para ativá-la.

Alguns usuários do fórum se mostraram indignados com a situação. Alegam que isso não deveria passar pelo controle de qualidade de um carro que custa entre US$ 60.990 (quase R$ 300 mil) e US$ 99.990 (aproximadamente R$ 491 mil), no exterior.

No Brasil, o preço oficial varia entre 840 mil e 990 mil, onde é vendido apenas por importadoras independentes.

Cybertruck parado em terreno de terra cinza com uma espécie de barco laranja em cima
Imagem de divulgação do Cybertruck (Divulgação/Tesla)

Dias após fazer as queixas, Nam afirmou que tentou empurrar as placas e elas não se moveram, e acredita que não deve ser algo a se preocupar. No entanto, a questão com as luzes de seta continua a incomodar.

“Este será definitivamente um problema que abordarei com Tesla. Com isso dito, avalie você mesmo na entrega e certamente espero que a qualidade de construção do CT melhore com o tempo”, concluiu o post.

Mais detalhes do carro

Mesmo com os problemas relatados, Nam ainda pareceu empolgado na publicação sobre a sua nova aquisição. Ele foi o primeiro participante do fórum a ter seu Cybertruck em mãos e recebeu uma enxurrada de perguntas de outros usuários que estão à espera do seu.

Nam mostrou a inclinação máxima do banco de motoristas e informou que o porta-copos é compatível com lata de 350 ml. Elogiou ainda a direção responsiva do automóvel e se disse impressionado com o ronco do motor, que o remeteu a um BMW X7.

Outros usuários também perguntaram sobre a polêmica cláusula de revenda do veículo, que proíbe que um proprietário venda a Cybertruck no período de um ano após a compra. Apesar de rumores de que o termo havia sido removido, ele estava, sim, presente no contrato de Nam.

Contrato compartilhado em fórum mostra polêmica cláusula que proibe revenda de Cybertruck
Contrato compartilhado em fórum mostra polêmica cláusula que proíbe revenda de Cybertruck (Reprodução/CybertruckOwnersClub.com)

Entre as possíveis punições a quem contrariá-la está o impedimento de aquisição de outros veículos da Tesla.

Cybertruck e suas polêmicas

O Cybertruck é um veículo cercado em algumas polêmicas. A picape foi anunciada em 2019, com a promessa de fabricação em 2021 a um preço base de US$ 39.900 (cerca de R$ 197 mil). No entanto, o carro só começou a ser entregue em novembro de 2023 e apenas para funcionários da empresa.

Após anos de atraso, a opção mais barata é vendida pela bagatela de 60.990 (quase R$ 300 mil). Os materiais escolhidos, assim como o formato único do veículo, tornaram a sua produção mais cara e demorada do que o esperado.

Em janeiro de 2024, os primeiros proprietários não funcionários da companhia começam a receber seus carros, como é o caso de Nam. Entretanto, sua produção em massa só deve ter início em 2025.

Outro ponto de alerta é a manutenção do carro. Especialistas alegam que qualquer reparo simples no Cybertruck pode ser um pesadelo. O corpo de aço inoxidável dá à caminhonete o título de inquebrável.

No entanto, o mesmo material extremamente rígido é o que torna muito difícil de consertar, encarecendo o processo. Sem contar que apenas a Tesla faz reparos de software e parte tecnológica de seus veículos e esses não saem por menos de US$ 14 mil (quase R$ 70 mil).

Críticos ainda acusam a caminhonete de ser uma máquina mortífera contra ciclistas e pedestres. Uma vez que seu corpo super-rígido, caso colida com uma pessoa, tem mais chances de ser fatal do que um automóvel comum.

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Taysa Coelho
Taysa Coelho
Movida pela curiosidade, adora conhecer coisas novas e acredita que, por isso, se tornou jornalista. No tempo livre, gosta de ir à praia, ler, ver filmes e maratonar séries. Carioca formada pela UFRJ, atualmente vive em Portugal, país que adotou.
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