Cientistas criam material que pode armazenar gases de efeito estufa mais rápido que árvores

 William Schendes
William Schendes

Sabemos que as árvores são as principais aliadas na redução dos gases de efeito estufa da atmosfera. Porém, em breve, a plantação de árvores pode não ser a única forma de combatermos essas ameaças ao nosso planeta.

Um novo estudo liderado por cientistas da Universidade Heriot-Watt, em Edimburgo (Escócia), descobriram um novo material poroso capaz de armazenar dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa de maneira mais rápida que as árvores.

Na pesquisa publicada na revista Nature Synthesis, os cientistas explicam que utilizaram moléculas ocas, semelhantes a gaiolas, com alta capacidade de armazenamento de gases como dióxido de carbono e hexafluoreto de enxofre. Esse último é um dos gases de efeito estufa mais potentes atualmente, podendo durar milhares de anos na atmosfera.

Material armazena gases estufa mais rápido que árvores
(Imagem: Marek Piwnicki/ Unsplash)

Dr. Marc Little, professor assistente do Instituto de Ciências Químicas de Heriot-Watt liderou a pesquisa e avalia que essa descoberta é significante, pois precisamos de materiais como esse para capturar e armazenar gases de efeito estufa, um dos maiores desafios da sociedade atualmente.

Em comunicado, a universidade escocesa explica que os cientistas utilizaram modelos computacionais para prever com precisão como as moléculas se agrupam para formar esse novo material poroso.

O professor considera que o uso de ferramentas de inteligência artificial poderá agilizar a taxa de descobertas de novos materiais sem precisar fabricá-los em laboratório anteriormente.

“A combinação de estudos computacionais como os nossos com novas tecnologias de IA poderia criar uma oferta sem precedentes de novos materiais para resolver os desafios sociais mais urgentes, e este estudo é um passo importante nesta direção.”

- Dr. Marc Little.

Marc Little, que é especializado em materiais porosos, também avalia que moléculas com estruturas complexas também podem ser usadas para remover compostos tóxicos do ar, além de desempenharem um papel significante para a ciência médica.

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 William Schendes
William Schendes
Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Escreve sobre tecnologia, games e ciência desde 2022. Tem experiência com hard news, mas também produziu artigos, reportagens, reviews e tutoriais.
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