O ativista de direitos do consumidor, Justin Gutmann, há mais de um ano entrou com um processo contra a Apple no Tribunal de Apelações de Concorrência do Reino Unido, acusando a empresa de limitar intencionalmente iPhones mais antigos por meio de atualizações de software, conhecida como "obsolescência programada".
Ele alega que a medida foi uma estratégia da empresa para forçar os usuários a comprar novos dispositivos, enquanto a Apple defende que a atualização foi implementada para evitar desligamentos inesperados.
A ação de Gutmann representa cerca de 24 milhões de usuários de iPhone no Reino Unido. A empresa de Cupertino tentou impedir o processo - sem sucesso - e o caso foi autorizado a seguir para julgamento. Se a Apple perder, a multa poderá alcançar até US$ 1,9 bilhão, além de juros.
A corte destacou que o caso de Gutmann precisa de mais clareza e especificidade antes de qualquer julgamento, mas o processo segue, apenas aguardando detalhes.
Mais processos
A Apple tem enfrentado ações judiciais semelhantes há algum tempo. Na Itália, a empresa foi multada em conjunto com o Google em 2021, embora um recurso da Apple tenha sido aceito e a decisão final ainda esteja pendente.
Nos Estados Unidos, a companhia foi obrigada a pagar multas consideráveis em 2020 e 2021 em casos relacionados a práticas de limitação de dispositivos.
A batalha jurídica entre Gutmann e a Apple no Reino Unido continua e o desfecho ainda é incerto, mas esse processo marca mais uma vez a discussão em torno das práticas de limitação de dispositivos móveis e o impacto nas ações legais contra as gigantes de tecnologia.
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