Seis pessoas dos Estados Unidos abriram um processo contra a Match Group, empresa proprietária dos aplicativos de relacionamento Tinder, Hinge e The League. De acordo com as acusações, os apps utilizam “tecnologias poderosas e algoritmos ocultos” para torná-los viciantes.
A ação foi submetida a um tribunal distrital na última quarta-feira (14), data em que se comemora o dia dos namorados no país, e argumenta que a empresa viola leis de proteção ao consumidor e de publicidade falsa.
Apps foram acusados de manipular dopamina com gamificação
Segundo os autores do processo, os aplicativos de relacionamento da Match Group são "projetados para serem viciantes” para que a empresa obtenha lucros em seus planos pagos, algo que dependeria dessa monopolização da atenção dos usuários.
A acusação ainda destaca que a empresa emprega recursos de manipulação de dopamina para gamificar suas plataformas, dando caraterísticas de jogos aos apps para atrair a atenção dos usuários em “um ciclo perpétuo de pagamento para usar os serviços que prioriza os lucros corporativos em detrimento de suas promessas de marketing e objetivos de relacionamento com os clientes”.
“A Match Group continua a distribuir as plataformas sem revelar o uso prejudicial e viciante e os riscos à saúde para os quais a empresa de fato projetou as plataformas, e dos quais depende seu modelo de negócios”, esclareceram os advogados no processo.
Para eles, a empresa mantém um "esquema ilegal" que transforma os usuários em “jogadores presos em uma busca por recompensas psicológicas” ilusórias. Em entrevista à rádio NPR, um porta-voz da Match Group defendeu seus produtos.
"Nosso modelo de negócios não é baseado em métricas de publicidade ou engajamento”, disse o porta-voz da empresa. “Nós nos esforçamos ativamente para levar as pessoas a encontros todos os dias e fora de nossos aplicativos. Qualquer pessoa que afirme qualquer outra coisa não entende o propósito e a missão de toda a nossa indústria”, afirmou.
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