Google cria agente de IA que consegue jogar videogame

 William Schendes
William Schendes

O Google apresentou nesta semana seu agente de inteligência artificial capaz de jogar videogames de maneira semelhante aos humanos. O SIMA (Scalable Instructable Multiworld Agent) foi treinado com muitas horas de vídeos de gameplay por humanos e consegue concluir objetivos nos jogos por meio de instruções simples.

Modelos de IA capazes de jogar não são novidade, mas de acordo com o Google, o novo agente de IA representa a primeira vez que um agente pode “compreender uma ampla gama de mundos de videogames e seguir instruções para realizar tarefas nos games, como um humano faria”.

Google cria IA para jogar videogame
(Imagem: IA/ Copilot)

A partir de vídeos de gameplay e tutoriais por humanos, o agente consegue associar representações visuais de ações, objetos e interações dentro do jogo.

Introducing SIMA: the first generalist AI agent to follow natural-language instructions in a broad range of 3D virtual environments and video games. 🕹️It can complete tasks similar to a human, and outperforms an agent trained in just one setting. 🧵 https://t.co/qz3IxzUpto pic.twitter.com/02Q6AkW4uq

— Google DeepMind (@GoogleDeepMind) 13 de março de 2024

O DeepMind, laboratório de projetos de IA do Google, explica que o SIMA foi avaliado em 600 habilidades básicas (“virar a esquerda”, por exemplo), interações com objetos (“subir a escada”) e ações em menus (“abrir o mapa”).

Os pesquisadores do DeepMind, destacam que o SIMA foi treinado a partir de parcerias com desenvolvedores de jogos de oito estúdios. Os títulos que o agente foi testado incluem No Man's Sky, Vallheim, Goat Simulator 3 e Satisfactory.

“Cada jogo do portfólio da SIMA abre um novo mundo interativo, incluindo uma série de habilidades para aprender, desde a simples navegação e uso de menus até a mineração de recursos, pilotar uma nave espacial ou criar um capacete.”

- Google DeepMind.

A empresa também explica que o agente não tem acesso ao código-fonte do jogo, tudo que ele precisa são as imagens da tela e instruções simples de linguagem natural que são fornecidas pelo usuário. Então, utilizando os comandos de teclado e mouse, o SIMA consegue executar as tarefas do jogo.

Os testes com o agente também demonstraram que ele necessita da linguagem para funcionar adequadamente. Em um teste que o SIMA não recebeu nenhum tipo de treinamento ou instruções linguísticas, ele conseguiu realizar tarefas como reunir recursos, mas não conseguiu atingir os objetivos do jogo.

A equipe do DeepMind diz que continuará expondo o SIMA para mais mundos de jogos para melhorar sua versatilidade e compreensão, o que permitirá que ele siga instruções com uma “linguagem de nível superior” para atingir objetivos mais complexos dos games.

SAIBA MAIS!

 William Schendes
William Schendes
Jornalista em formação pela Universidade Metodista de São Paulo (UMESP). Escreve sobre tecnologia, games e ciência desde 2022. Tem experiência com hard news, mas também produziu artigos, reportagens, reviews e tutoriais.
recomenda: