O Google anunciou a implementação de um novo sistema de segurança no navegador Chrome, utilizando IA para detectar e bloquear golpes online em tempo real. A tecnologia, chamada Gemini Nano, é um modelo de linguagem de grande escala que opera diretamente no dispositivo do usuário, permitindo identificar ameaças antes que causem danos.
A principal inovação é a análise local das páginas da web, sem depender de servidores externos. Isso possibilita a detecção de sites maliciosos que exibem alertas falsos de segurança, como os golpes de suporte técnico que tentam enganar os usuários para obter acesso remoto aos dispositivos ou informações financeiras. O Gemini Nano avalia sinais como o uso da API de bloqueio de teclado, que impede o fechamento da aba do navegador, e o uso de mensagens alarmantes para induzir o pânico.
Além disso, o Chrome para Android receberá um recurso que identifica notificações suspeitas enviadas por sites mal-intencionados. Quando uma notificação for considerada potencialmente enganosa, o navegador exibirá um aviso com opções para visualizar o conteúdo ou cancelar a inscrição nas notificações desse site. O usuário também poderá permitir notificações futuras caso considere o alerta um falso positivo.
O Google afirma que essas medidas aumentaram significativamente a eficácia na identificação de páginas fraudulentas, bloqueando 20 vezes mais sites maliciosos do que há três anos. A empresa também observou uma redução de mais de 80% nos golpes que se passam por serviços de atendimento ao cliente de companhias aéreas em seus resultados de busca.
A integração do Gemini Nano no Chrome faz parte de um esforço mais amplo do Google para combater golpes online em suas plataformas. A empresa também implementou detecção de golpes em tempo real no aplicativo Mensagens e no Telefone do Google, alertando os usuários sobre chamadas e mensagens suspeitas.
O recurso de proteção aprimorada com o Gemini Nano já está disponível na versão desktop do Chrome e será expandido para dispositivos Android ainda este ano. O Google não especificou os requisitos de hardware ou software para a implementação da funcionalidade nos smartphones.
Com informações do Digital Trends.
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