Brasil enfrenta escassez de profissionais de cibersegurança, alerta especialista

 William Schendes
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A crescente digitalização no Brasil, impulsionada pela adoção do 5G, o uso do Pix, a Internet das Coisas e a expansão da Inteligência Artificial, tem ampliado não apenas as oportunidades, mas também os riscos de ataques cibernéticos. Nesse cenário, a demanda por especialistas em segurança digital cresce rapidamente, mas a oferta de profissionais qualificados ainda não acompanha esse ritmo.

Gabrielle Silva, membro do IEEE (Instituto de Engenheiros Eletricistas e Eletrônicos), alerta que a cibersegurança precisa ser tratada como investimento estratégico e não apenas como gasto.

Segundo a especialista, setores como saúde, educação e pequenos negócios ainda contam com pouca ou nenhuma proteção, enquanto áreas como telecomunicações e finanças já dedicam mais recursos em prevenção e monitoramento. Mesmo assim, persiste a falta de integração entre medidas de detecção e resposta rápida, o que aumenta a vulnerabilidade das organizações.

Brasil enfrenta escassez de profissionais de cibersegurança, alerta especialista

(Imagem: SeventyFour/ Canva)

A escassez de profissionais é uma preocupação global e reflete também no Brasil. Relatórios internacionais mostram que salários médios entre 70 mil e 120 mil dólares anuais em mercados estrangeiros não têm sido suficientes para atrair talentos em volume adequado. No país, a exigência por habilidades diversificadas e a velocidade com que surgem novas ameaças tornam o aprendizado contínuo essencial para quem deseja seguir carreira na área.

Para Gabrielle, uma das formas de ingressar no setor é investir em certificações reconhecidas internacionalmente, participar de comunidades técnicas e disputar competições que simulam situações reais de ataques. Ela defende ainda um esforço conjunto entre empresas, governo, centros de ensino e profissionais para reduzir o déficit.

“As empresas precisam investir na capacitação contínua das equipes. O governo deve implementar políticas públicas que ampliem a formação técnica, enquanto as instituições de ensino precisam ajustar currículos à realidade do mercado. Já os especialistas consolidados devem compartilhar conhecimento e estimular um movimento colaborativo para fortalecer o ecossistema de segurança digital."

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 William Schendes
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Jornalista e redator de conteúdo. Cobre tecnologia, games e cibersegurança desde 2022. No TechShake, acompanha e escreve sobre notícias do mundo tech, mas também produz reportagens, reviews, artigos especiais e tutoriais. Tem uma sugestão de pauta ou release? Mande para williamschendesps@outlook.com
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